O Itaú liderou o ranking de reclamações de clientes contra instituições financeiras em dezembro, com índice de 10,22, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (15/1) pelo Banco Central (BC). No total, foram 612 reclamações consideradas procedentes, ou seja, o BC verificou indício de descumprimento de lei ou regulamentação.

O grande número de reclamações é reflexo da postura gananciosa do banco, que mesmo com lucros recordes aposta na precarização do serviço oferecido aos clientes e das condições de trabalho dos empregados. Pressão pelo cumprimento de metas abusivas, assédio moral e ameaça de demissão são situações recorrentes no dia a dia dos bancários do Itaú, o que leva ao adoecimento e à incapacitação de muitos trabalhadores.

A melhoria nas condições de trabalho é uma das principais reivindicações da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe na mesa de negociação com os bancos, em especial o Itaú, que tem apostado na política de demissão por justa causa, como forma de burlar os direitos dos funcionários.  A Feebbase inclusive lançou uma campanha no mês de dezembro contra as demissões no banco.

O Bradesco ocupa a segunda posição no ranking divulgado pelo BC, com índice de 8,39, e em terceiro vem a Caixa, com 7,89. Na relação estão as instituições financeiras com mais de 2 milhões de clientes. Para fazer oranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição para cada grupo de 1 milhão de clientes.

Em dezembro, as irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, ao sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito (294) foram o principal motivo de reclamação. Em segundo lugar ficou a cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados (280) e em terceiro, o débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente (255).

Fonte: FEEB BA/SE