Trabalhadores de diversos segmentos do setor público se reuniram em Brasília, nesta quarta-feira (27/1), para debater formas de evitar a aprovação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 555, que cria o Estatuto das Estatais. A proposta é uma ameaça às empresas estatais que perderiam o seu caráter 100% público.

O seminário organizado pelo Comitê em Defesa das Estatais e a Fenae, com apoio da CTB, CUT, Intersindical e CSP-Conlutas foi bastante representativo e produtivo. No encontro, ficou acertada a criação de um comitê das centrais sindicais, com a incorporação da NCST, ao grupo já existente.

Como deliberação principal, os participante do seminários definiram transformar o dia 3 de fevereiro, data prevista para a votação do PLS no Senado, em um Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas, com a realização de uma caravana até Brasília, além de uma ampla campanha nas redes sociais com a hastag #Não ao PLS 555.  Todas as informações estão no hotsite do movimento www.diganaoaopls555.com.br.

Ficou acertada ainda a construção de um grande encontro nacional em defesa das empresas públicas ainda no primeiro semestre de 2016. Os trabalhadores de empresas estatais de todas as esferas serão orientados ainda, a formar comitês estaduais e buscar a realização audiências pública nas Assembleias Legislativas para discutir a questão.

“A questão central que está em jogo, é a tentativa de desmantelamento do setor estatal em nosso país. Não somos contra a que haja uma regulamentação. Queremos estatais transparentes e eficientes, mas o PLS não tem este objetivo. O que ele pretende no fundo, é engessar e enfraquecer o papel social destas estatais, que seriam obrigadas a se tornar S.A. e no prazo de 10 anos, ter que disponibilizar 25% de suas ações para venda no mercado”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que participou do Seminário em Brasília. 

Fonte: FEEB BA/SE