O Bradesco, segundo maior banco priva do país, registrou lucro líquido contábil de R$ 4,353 bilhões no quarto trimestre de 2015, com crescimento de 9% sobre o mesmo período de 2014. O lucro ajustado, que exclui eventos não recorrentes, como uma reversão de provisões técnicas, aumentou 10,4% e foi de R$ 4,562 bilhões. Em 2015 como um todo, o lucro ajustado cresceu 16,4%, para R$ 17,873 bilhões.

A carteira de crédito expandida ficou praticamente estável no trimestre e cresceu 4,2% no ano, para R$ 474 bilhões. O resultado ficou abaixo da projeção do próprio banco, que apontava expansão entre 5% e 9% em 2015. Foram os empréstimos a grandes empresas que ajudaram no crescimento do portfólio de crédito do Bradesco em 2015 - o crédito ao segmento cresceu 9,5% no período, enquanto para as micro, pequenas e médias teve redução de 5,3%.

A carteira de pessoas físicas apresentou expansão de 4,5%, concentrada mais uma vez nas modalidades menos arriscadas: financiamento imobiliário e crédito pessoal consignado. No caso das pessoas jurídicas, os destaques no ano foram financiamento à exportação e operações no exterior, sob efeito da alta do dólar em relação ao real.

A taxa de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, subiu para 4,06%, ante 3,81% no fim do terceiro trimestre de 2015 e 3,5% no quarto trimestre de 2014. Segundo o Bradesco, a piora se deu “em função do menor ritmo de crescimento da carteira de crédito e pelo processo de desaceleração da atividade econômica”.

Com isso, as despesas com provisões para crédito de liquidação duvidosa (PDD) somaram R$ 4,192 bilhões nos três últimos meses de 2015, com aumento de 8,8% sobre o trimestre anterior. Um ano antes, essas despesas haviam sido de R$ 3,307 bilhões.

O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROE) foi de 20,5%, ante 20,1% no quarto trimestre de 2014.

Ontem, o Santander Brasil divulgou lucro líquido gerencial de R$ 1,607 bilhão no quarto trimestre, com alta de 5,7% sobre o mesmo período de 2014. O resultado, que exclui despesas de amortização de ágio, entre outros ajustes, cresceu 13,2% em 2015, para R$ 6,624 bilhões.

Fonte: Valor Econômico