A falta de investimento efetivo por parte dos bancos em segurança, tem permitido que ações violentas contra agências, bancários e clientes continuem a acontecer. Na noite da última quinta-feira (25/08), o funcionário do BNB de Morro do Chapéu e Diretor do Sindicato dos Bancários de Irecê e Região, Edson Ferreira Gonçalves, teve a sua família sequestrada. Os marginais passaram a noite inteira, na casa do bancário.
Como se não bastasse, o bancário ainda teve um cinturão de explosivos atado ao seu corpo para ir à agência pagar o resgate.
Os familiares do empregado foram liberados por volta do meio-dia, da sexta-feira, num município a quase 100 quilômetros de distância da cidade.
"Mais uma vez temos um bancário vítima da situação precária de investimentos, tanto da segurança pública do Estado, quanto dos Bancos. A situação traumática certamente poderia ser evitada, caso a política de segurança bancária fosse outra. Queremos nos solidarizar com o nosso diretor e a sua família. Estamos em plena Campanha Nacional dos Bancários e vamos mais uma vez colocar este tema em destaque nas mesas de negociação", aponta Carlos Alberto Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários de Irecê e Região.
A situação, certamente causa um trauma irreparável. Por isso, a cobrança por proteção à vida é tão recorrente. Inclusive, o BNB tem sido pressionado para tomar todas as providências necessárias e fornecer o atendimento psicológico o mais breve possível.
Com a ocorrência, sobe para 65 o número de ataques a bancos na Bahia. São 38 explosões, quatro arrombamentos, oito assaltos e 15 tentativas frustradas. O interior é mais vulnerável e soma 55 casos. Salvador registra 10.