Todas as reivindicações, como fim do fechamento de agências, auxílio academia e reajuste no reembolso do quilometro rodado foram negadas
Nada de avanços na negociação com o Bradesco. Na reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) realizada na última sexta-feira (31/3), o banco negou todas as reivindicações sobre o fim do fechamento de agências e das demissões, o auxílio academia e o reajuste no reembolso do quilometro rodado.
A COE começou o encontro cobrando o fim do fechamento de agências e das demissões decorrentes desta prática, ressaltando os prejuízos e a insegurança que isso traz para os bancários. O banco informou que o processo é resultado de estudos e que os funcionários estão sendo realocados e reaproveitados.
Questionados sobre o prazo para o fim de fechamento de unidades, os representantes do Bradesco disseram que não podiam informar. Para a COE, isso deixa claro que o processo deve continuar.
O Bradesco também negou outras duas reivindicações dos trabalhadores, que é o auxílio academia, com a justificativa de já oferecer o Lig viva bem e convênios com academias pelo seguro saúde, com descontos que variam de 20% a 50%, e o reajuste do reembolso por quilometro rodado.
Fim das metas
O COE cobrou também o fim da pressão por metas, pois isto está adoecendo os trabalhadores. O banco informou que o conceito de metas se baseia no orçamento anual, com revisão mensal, distribuída por região, de acordo com a produtividade de cada região. A instituição afirmou que a meta é 100% mensal.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia Elder Perez, “não importa o que o banco nos apresente como estudo para construção do estabelecimento de metas, levando em conta a sazonalidade, a vocação regional, o perfil dos clientes. O que acontece no final das contas é que os bancários estão adoecendo por causa da quantidade e da forma de cobrança das metas. A grande questão é essa”, ressaltou.
A negociação sobre metas não terminou e uma nova reunião sobre o tema será marcada.